Ransomware: 69% das vítimas negociaram resgate
Uma pesquisa recente da empresa de segurança Onapsis revelou que 46% das empresas enfrentaram quatro ou mais ataques de ransomware em um único ano, com 89% desses ataques afetando sistemas de planejamento de recursos empresariais (ERP). O estudo, que envolveu 500 profissionais de segurança cibernética no Reino Unido e na Europa Central, destaca a crescente prevalência do ransomware e seu impacto nas operações empresariais.
O levantamento mostrou que 83% das empresas sofreram pelo menos um ataque no último ano, com 14% relatando até dez ou mais incidentes. Em 61% dos casos, o ataque causou um tempo de inatividade de pelo menos 24 horas, resultando em perdas financeiras significativas. Além disso, 89% das empresas afetadas tiveram seus sistemas ERP comprometidos, ressaltando a importância de soluções de segurança específicas para essas plataformas.
Com o aumento das ameaças aprimoradas por inteligência artificial, a preocupação com a segurança cibernética tem crescido. Segundo a consultoria Gartner, ataques maliciosos com IA são uma das principais preocupações para 2024. Mariano Nunez, CEO da Onapsis, alertou que a interrupção dos sistemas ERP pode gerar prejuízos milionários para grandes organizações, enfatizando a necessidade de soluções de segurança robustas e especializadas.
A pesquisa também indicou que 69% das empresas afetadas por ransomware se comunicaram com os autores dos ataques, com 55% admitindo ter pago o resgate pelo menos uma vez, muitas vezes com o auxílio de especialistas. Em resposta a essa crescente ameaça, 96% das empresas modificaram suas estratégias de segurança, investindo em novas soluções, treinamento de funcionários e contratação de profissionais de segurança cibernética.
O estudo da Onapsis sublinha a urgência de as empresas reforçarem suas defesas cibernéticas, especialmente em relação aos sistemas ERP, que são alvos cada vez mais frequentes de ataques de ransomware. Diante da sofisticação crescente das ameaças, impulsionada pela IA, é crucial que as organizações adotem medidas de proteção adequadas para evitar interrupções devastadoras.